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Cena das mortes na Brasilândia não estava preservada

Secretaria da Segurança admite que imóvel onde morreram cinco da mesma família 'não estava totalmente idôneo'

Deputado ex-PM disse que cabo assassinada foi convidada por colegas de farda a roubar caixa eletrônico

DO "AGORA" DE SÃO PAULO

A casa da Brasilândia (zona norte) onde na semana passada morreram cinco pessoas da mesma família, incluindo um casal de PMs, não teve a cena de crime totalmente preservada.

A informação consta de nota divulgada ontem pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

"O departamento [Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, DHPP] apenas confirmou afirmação da imprensa de que o local não estava totalmente idôneo'. Isso, evidentemente, não quer dizer que houve violação proposital da cena do crime", diz o texto.

Sebastião de Oliveira Costa, 54, parente das vítimas, disse, no último sábado, que chegou à casa às 17h45 do dia 5 e que havia ao menos 30 PMs dentro dela, antes da chegada da perícia.

Costa é tio-avô de Marcelo Pesseghini, 13, suspeito de ter matado o pai e a mãe --ambos PMs--, a avó e a tia-avó e de ter cometido suicídio.

De acordo com a principal linha de investigação, o garoto matou a família, foi à escola e se suicidou após voltar da aula. A polícia também apura outras possíveis causas.

Luis Marcelo Pesseghini, 40, pai do menino, era sargento da Rota (tropa de elite da PM). A mulher dele, Andreia, 36, era cabo do 18º Batalhão. As outras vítimas moravam na casa nos fundos.

A polícia pretende chamar para depor os policiais militares que entraram na casa antes da chegada da perícia.

AFASTAMENTO

O tenente-coronel Wagner Dimas foi afastado anteontem do comando do 18º Batalhão, onde trabalhava a cabo Andreia Pesseghini.

Na semana passada, Dimas disse em entrevista à rádio Bandeirantes que Andreia havia delatado colegas de farda envolvidos em roubos a caixas eletrônicos.

No dia seguinte, o oficial foi chamado à corregedoria e desmentiu as declarações.

A PM não quis se pronunciar sobre o afastamento.

A saída de Dimas ocorreu no mesmo dia em que o deputado Olímpio Gomes (PDT), major da reserva da PM, afirmou ter informado ao corregedor da instituição, coronel Rui Conegundes, que Andreia foi convidada por colegas de farda a participar de um roubo a caixa eletrônico.

Segundo Gomes, Andreia teria relatado o convite a seu superior, capitão Fábio Paganotto, então comandante da 1ª Companhia do 18º Batalhão. O deputado diz que Paganotto tentou apurar o fato e acabou transferido para o 9º Batalhão. Gomes disse que os PMs não foram punidos.

Paganotto foi um dos policiais que se envolveram, junto com PMs da Rota, na ocorrência que deixou seis suspeitos mortos em uma suposta tentativa de roubo a caixas eletrônicos na zona norte, em agosto de 2011.


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