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Análise

Desistência pode sinalizar nova concepção de desenvolvimento

COM A MUDANÇA, A PREFEITURA ENFRENTA A DEPENDÊNCIA QUE A CIDADE TEM DO TRANSPORTE INDIVIDUAL

VALTER CALDANA ESPECIAL PARA A FOLHA

A desistência por parte da prefeitura de iniciar algumas obras viárias de grande porte previstas para os próximos anos, inclusive no Arco do Futuro, pode ser entendida de duas maneiras.

De um lado, a atual gestão assume posição confortavelmente austera quanto ao empenho das verbas orçamentárias (in)disponíveis. Porém, coloca-se numa posição pouco afeita ao espírito empreendedor paulistano e abandona, assim, parte da motivação de sua eleição.

De outro, enfrenta o maior desafio da cidade de São Paulo nos últimos 80 anos: definir as diretrizes conceituais e as bases reais da cidade do século 21, superando o atual modelo vigente.

Na primeira hipótese a desistência é mau sinal. Diminuir investimentos, sobretudo em infraestrutura, se mostrou sempre um mau caminho a longo prazo, gerador de déficits monstruosos como os que temos que pagar ainda nos dias de hoje.

No entanto, observada a segunda hipótese, o que se tem é a possibilidade de que a prefeitura esteja sinalizando de modo concreto que pretende mudar as bases do desenvolvimento urbano.

Deste modo, encara a dependência que a cidade tem do transporte individual como forma privilegiada de locomoção e autoafirmação. Respeita também os processos em andamento de consulta à sociedade para a revisão do Plano Diretor e dos demais instrumentos de planejamento da cidade, incluída a tão cobiçada lei de zoneamento.

DESAFIO

São Paulo vive hoje a necessidade inadiável de se redefinir. É chegada a hora de assumir, coletivamente, que o modelo de cidade dispersa e rodoviarista que nos trouxe até aqui se esgotou, está exaurido e sem combustível.

Assim sendo, superar o atual modelo e construir as bases da cidade do século 21, compacta, pública, eficiente, inclusiva e bela, é o desafio que está colocado para esta gestão e para a sociedade.


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