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Manoel Rodrigues de Oliveira (1929-2013)

Ex-militar, maestro e seu Chevrolet 1939

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Após se aposentar como suboficial pela Marinha, no começo da década de 1980, Manoel Rodrigues de Oliveira passou a dedicar-se a duas grandes paixões: a Filarmônica Nossa Senhora da Boa Hora, em Campo do Brito (SE), e a seu Chevrolet 1939.

Tinha muito carinho pela filarmônica da sua terra natal. Nela, aprendeu a tocar trompa ainda adolescente e, de colegas, ganhou seu primeiro terno e par de sapatos. Usando eles, foi para o Rio, anos depois, em busca de trabalho.

Foi da cidade maravilhosa, aliás, que trouxe seu "carro de estimação", ao voltar para Sergipe já aposentado. Adorava exibir o Chevrolet 1939 azul para todo o mundo. Dirigir o veículo, no entanto, só o filho Éverton podia.

Filhos do segundo casamento, Éverton e a irmã Hilna seguiram os passos do pai e também tocam na filarmônica: ele, trompete (assim como Manoel), e ela, clarinete.

Estava preocupado com algumas coisas que faltavam na sede e na própria banda. Pretendia conseguir recursos para, entre outras coisas, fazer reformas, comprar instrumentos e fardas para o grupo.

Incentivava os músicos "a seguirem em frente", a tocar em outras bandas pelo país.

Para a família e os amigos, era o Mané de Zabé, apelido que ganhou por causa da avó Izabel, que o criou desde pequeno. Mas, em Campo do Brito, era conhecido como Manoel da Filarmônica.

No mês passado, enquanto mexia no Chevrolet 1939, teve um infarto. Morreu na segunda (12), após 22 dias internado. Tinha 84 anos. Deixa a viúva, Jesus Maria, cinco filhos, cinco netos e uma bisneta.


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