Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

Salvador 'encolhe' bares em ruas e praças e irrita boemia

NELSON BARROS NETO DE SALVADOR

A Prefeitura de Salvador iniciou há uma semana um "choque de ordem" em bares e restaurantes e, desde então, passou a ser alvo de protestos nas redes sociais.

Sob a justificativa de "disciplinar o uso do espaço público", a gestão de ACM Neto (DEM) apertou a fiscalização de um decreto de 1999, que fixa a quantidade de mesas e cadeiras em ruas, calçadas e praças --o limite varia conforme o tamanho da unidade.

Em bairros como Rio Vermelho, dono da noite mais efervescente da cidade, este cenário já virou marca registrada.

Mas, segundo a secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf, muitos lugares ultrapassam o limite permitido e causam tumulto. "É preciso respeitar uma área de um metro e meio [entre as mesas] para os pedestres", diz.

A primeira inspeção apreendeu 71 itens, incluindo mercadorias de camelôs, que aproveitam pontos como os de venda de acarajé para comercializar cerveja e refrigerante.

A medida começou exatamente no Rio Vermelho, além da Barra, e logo ganhou tanto holofotes na mídia quanto queixas de frequentadores.

"É, amigos, agora ir para a Dinha [tradicional baiana de acarajé] e ficar sentado será, tipo assim, um luxo", escreveu a estudante Verena Bulhões, 18, em mensagem compartilhada por mais de 800 usuários de uma rede social desde domingo passado.

Numa rápida caminhada pelo local, são dezenas os recados de insatisfação do público que se diz mais assíduo.

Garçons também reclamam. "Se não tiver mesa, o cliente vai para outro lugar. Opção é o que não falta aqui", afirma Juarez Silva, do restaurante Santa Maria Pita e Nina. "Tem até mesas internas, mas a galera prefere a badalação do lado de fora."

Apesar disso, a associação de moradores da região, o sindicato dos bares e até donos estabelecimentos menores dizem apoiar a ação.

A secretária diz que ainda não está numa fase de "tolerância zero", fala em tentar um diálogo com os envolvidos e não descarta "flexibilizar" em dias de movimento maior, como fins de semana e no verão.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página