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'Não somos prisioneiros', diz médica cubana

Profissional desembarcou ontem em Salvador para atuar em programa do governo federal

NELSON BARROS NETO DE SALVADOR BRUNO BASTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RECIFE

Profissionais cubanos que desembarcaram na noite de ontem no aeroporto de Salvador para fazer parte do programa Mais Médicos, do governo federal, negaram ser explorados pelo regime da ilha caribenha.

"Não somos prisioneiros. Não é certo dizer isso", disse à Folha a médica Ivette Lopez.

A importação dos 4.000 cubanos é questionada pelo Ministério Público do Trabalho. A vinda deles foi anunciada após a primeira etapa do Mais Médicos ter atendido apenas 10,5% das vagas.

Os profissionais de Cuba terão condições diferentes das dos demais estrangeiros no programa. A bolsa de R$ 10 mil por mês paga pelo Brasil não será repassada aos médicos, mas ao governo cubano, que fará a distribuição.

O Planalto diz não saber quanto eles vão ganhar. "Não há preocupação quanto a isso. Viemos apenas em solidariedade ao povo brasileiro, para ajudar", afirmou Ivette.

A recepção dos 50 cubanos em Salvador reuniu simpatizantes ao regime da ilha, que cantaram trechos da música "Guantanamera" e entoaram gritos de guerra --inclusive em portunhol': "Bem-vindos, cubanos, los médicos são hermanos!"

SEGUNDA VEZ

Além de Salvador, os cubanos chegaram no final de semana em aeroportos de Fortaleza e do Recife --onde desembarcou a médica Wilma Zamora Rodríguez, 45.

Ela vem trabalhar no Brasil pela segunda vez --entre 2001 e 2003, atuou no Tocantins, por meio de um convênio com o governo cubano.

No aeroporto, a médica disse que a experiência no passado foi "muito boa" e que estava feliz por poder voltar e ajudar o país. Ela afirmou que não teve nenhuma dificuldade com o português quando trabalhou no país.

Para ela, os brasileiros vão ficar "muito agradecidos" aos profissionais trazidos pelo Mais Médicos.

Ainda não há informação sobre o município em que cada um dos profissionais vai trabalhar.

Segundo Carlos Sena, representante do Ministério da Saúde que recebeu os médicos no Recife, a definição ocorrerá nas três semanas de curso que os estrangeiros começam hoje, de acordo com a demanda das cidades.


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