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Após piada, brasileira é barrada em voo para Bali

Gestora ambiental é impedida de ir para a Indonésia por menção a terrorismo

Recém-formada pela USP foi vetada no aeroporto de Cumbica; empresa aérea alega motivos de segurança

RAFAEL TATEMOTO DE SÃO PAULO

Uma jovem foi impedida de embarcar em um voo internacional devido a uma piada feita por seu pai, ontem, no aeroporto de Cumbica.

Thaís Buratto da Silva, 24, recém-formada em gestão ambiental pela USP, iria pegar o voo 922 da Qatar Airways com destino a Bali, na Indonésia, com escala em Doha, no Qatar.

Ela iria participar do 6º Congresso anual da "Parceria dos Serviços Ecossistêmicos". As passagens, que custaram R$ 6.030, foram pagas pela USP.

Thaís iria apresentar seu trabalho de conclusão de curso sobre o custo-benefício da implementação de novas hidrelétricas no rio Tapajós.

Segundo ela, após responder a um questionário anterior ao check-in sobre suas bagagens, seu pai, Renato Camargo da Silva, 55, economista, teria dito em tom jocoso "que bom que não acharam que você era terrorista".

Após a piada, os dois foram retirados da fila e informados por funcionários da companhia de que ela não poderia embarcar devido a motivos de segurança.

Questionados, informaram que a decisão estava relacionada à referência ao terrorismo feita pelo pai.

"Achei desproporcional", afirma o pai. "Eu não entendi a reação, foi completamente despropositada."

Thaís afirma ter tentado explicar que se tratava de um comentário bem-humorado. Diante da negativa dos funcionários, ela disse que se dispôs a ter toda bagagem revistada e até mesmo a viajar apenas com os documentos, sem seus pertences.

Ainda assim, diz ela, a companhia não permitiu seu embarque e reteve seu passaporte para fotografá-lo "sem dar razões [para tanto]".

"Ainda não acredito no que aconteceu", afirma Thaís. "É inexplicável, foi claramente uma piada". Ela diz também que os "funcionários sequer deram direito a meu pai de tentar conversar com eles".

Thaís afirma que irá procurar a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para registrar o caso e tentará registrar boletim de ocorrência na polícia alegando constrangimento ilegal e calúnia.


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