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Análise

Poluição por veículos virou questão de saúde pública

RICARDO CARDIM ESPECIAL PARA A FOLHA

Independente da polêmica sobre a inspeção veicular, há uma questão que afeta a todos e não diferencia classe social, modelo e ano de carro: a qualidade do ar.

São mais de 7 milhões de veículos em diferentes condições de manutenção liberando monóxido de carbono e hidrocarbonetos nos pulmões. E todos os dias chegam às ruas mais de 200 novos.

Com veículos em excesso surgem os engarrafamentos crônicos e uma maior exposição dos paulistanos aos poluentes. A questão da poluição urbana gerada pelos veículos é tão séria que já ultrapassou a esfera ambiental e está na saúde pública.

Estudos da USP estimam a morte de 4.000 pessoas/ano em decorrência das péssimas condições do ar. Viver na maior metrópole brasileira pode significar fumar o equivalente a dois cigarros por dia.

Até décadas atrás, quando se pedia para uma criança desenhar a poluição do ar, a imagem invariavelmente era de fábricas com chaminés soltando nuvens escuras.

Hoje é diferente. A maior parte das fábricas migrou da metrópole. Elas foram substituídas por milhões de pequenas chaminés: os escapamentos dos carros.

Claro que a inspeção veicular não é a solução de todos os problemas. No momento é um modo para a qualidade do ar não piorar mais. A solução definitiva é a mais óbvia, um transporte coletivo público preferencialmente sobre trilhos e de tal qualidade que faça a população motorizada aceitar a substituição.


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