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Presos matam dois suspeitos de assassinar garoto Brayan

Acusados pela morte de boliviano foram envenenados em Santo André

Polícia Civil apura se mortes foram motivadas por causa de crime contra criança ou se foi uma briga interna

DO "AGORA" DE SÃO PAULO

Os presos Paulo Ricardo Martins e Felipe dos Santos Lima, investigados pelo homicídio do garoto boliviano Brayan Capcha, 5, foram assassinados na tarde de ontem no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Santo André, na Grande São Paulo.

Segundo funcionários do sistema prisional, ambos foram envenenados com o coquetel da morte. Trata-se de uma mistura de cocaína, o remédio estimulante sexual Viagra, água e até creolina.

Agentes penitenciários disseram que os detentos estavam no pátio do presídio quando foram obrigados a beber o veneno, por volta das 14h30. Eles chegaram a ser levados para a enfermaria, mas não resistiram.

Esse método foi criado em meados da década passada por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar seus inimigos. Só na penitenciária de Iaras (a 285 km de São Paulo), foram mortos dez presos dessa maneira.

Com esse coquetel, a causa da morte é identificada como overdose e, dessa forma, é difícil chegar à autoria do homicídio. O CDP de Santo André é dominado por integrantes do PCC.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária confirmou as mortes e informou que vai apurar as circunstâncias em que ocorreram.

O delegado da 8ª seccional de São Mateus, Antonio Mestre Junior, disse que vai apurar o crime para saber se foi motivado pelo assassinato do garoto ou se foi alguma desavença com criminosos.

A advogada da família de Brayan, Patrícia Vega, disse que seus clientes só esperam que os outros dois foragidos sejam presos.

Os foragidos são Diego Rocha Freitas Campos, apontado pelos investigadores como o autor do disparo que matou o menino, e Wesley Soares Pedroso. Ambos deixaram a prisão durante a saída temporária do Dia das Mães neste ano e não retornaram.

Além dos dois suspeitos assassinados, um adolescente foi detido pelo crime.

CASO

Brayan foi morto em 28 de junho durante um assalto à família dele, em São Mateus, zona leste de São Paulo.

Os bandidos que participaram do crime aproveitaram a chegada de um tio da criança para invadir a residência. A família entregou R$ 4.500, mas os bandidos, insatisfeitos, passaram a ameaçar todos dentro da casa.

O menino chorava no momento do roubo e os criminosos chegaram a dizer que cortariam a cabeça da criança, caso não parasse de gritar. Momentos antes de fugir, um dos bandidos disparou contra a cabeça do garoto.


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