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Para analistas, desafio será manter estrutura
DA ENVIADA A HAVANAA Faculdade de Medicina Ernesto Che Guevara, em Pinar del Río, tem de cumprir sua cota de racionamento de energia e pode ficar horas sem luz. Quem conta é a salvadorenha Brenda Guevara, 24, que acaba de se tornar médica.
Ela garante que, não fosse pelo governo comunista, jamais teria se formado.
A história da nova médica ilustra uma das decisões estratégicas tomadas por Cuba na crise pós-89: manter a enorme estrutura educativa gratuita, o sistema de saúde e o "pleno" emprego.
No processo de reforma econômica de Raúl Castro, o governo anunciou, a partir de 2010, que cortaria "gastos irracionais".
Um exemplo são as casas para gestantes de risco, com capacidade para cinco pacientes e com efetivo de 20 funcionários.
Para analistas como Roberto Veiga, da revista ligada à Igreja Católica "Espacio Laical", um dos desafios do ajuste de curto e médio prazo na ilha é discutir o que fazer com os sistemas de saúde e educação.
"A grande maioria dos cubanos não quer ver a saúde nem a educação transformados em mercadoria, mas em direitos reais."