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Sonia Walkiria de Souza Coutinho (1939-2013)

Escritora, fez da arte seu caminho

FABRÍCIO LOBEL COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sentada na cadeira de balanço, entre olhares vazios para o Corcovado e a lagoa Rodrigo de Freitas e rabiscos de pensamentos num caderno, Sonia Coutinho tramou muitas de suas histórias.

Nascida em Itabuna (BA), mudou-se aos 11 anos para Salvador, onde se casou com Florisvaldo Mattos. Foi ele quem a levou para as reuniões do grupo Mapa, formado por uma geração de intelectuais modernistas baianos da metade do século 20.

Entre eles estava o futuro cineasta Glauber Rocha, então colega de trabalho de Mattos no "Jornal da Bahia". Pela editora Macunaíma, criada pelo grupo, Sonia publicou seu primeiro romance, "O Herói Inútil", em 1964.

Decidida a tornar-se escritora, divorciou-se, despediu-se do pai, que fora presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, e mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1968. Lá, trabalhou como jornalista na agência de notícias Reuters e no jornal "O Globo".

Pela sua obra literária, ganhou o Prêmio Jabuti em 1979 e 1999 ("Os Venenos de Lucrécia" e "Os Seios de Pandora", respectivamente) e o Prêmio Clarice Lispector, em 2006 ("Ovelha Negra e Amiga Loura"). Um de seus textos integra o livro "Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século", ao lado de nomes como Machado de Assis e Moacyr Scliar, publicado em 2000.

Ultimamente, trabalhava como tradutora e dedicava-se a cursos de artes plásticas.

Morreu no sábado (24), aos 74 anos, de infarto. Deixa a filha, Elsa, e dois netos. A pedido de Sonia, suas cinzas devem ser jogadas na baía de Todos os Santos, em Salvador.


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