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Relógio de rua deixa rastro de buracos nas calçadas

Consórcio instala equipamentos, mas não faz reformas necessárias após obras

Adolescente com paralisia cerebral se feriu ao cair em vala; responsável diz que irá corrigir problemas

JAIRO MARQUES DE SÃO PAULO

As irregularidades nas calçadas de São Paulo estão ganhando reforço com a instalação dos novos relógios de rua espalhados por toda a cidade. O consórcio responsável pelos equipamentos tem deixado buracos abertos no passeio em vários trechos.

A reportagem flagrou a situação em vias movimentadas de diferentes regiões da capital paulista, como Radial Leste, Amaral Gurgel, Consolação, Rebouças e Braz Leme.

Em nenhum desses casos havia qualquer sinalização que indicasse os defeitos.

Os novos relógios de rua começaram a ser instalados na cidade há quatro meses por um consórcio --que poderá instalar mil equipamentos. Além de informar hora, temperatura e qualidade do ar, podem ter publicidade.

Assim como há buracos, existem remendos realizados fora dos padrões da calçada original (que podem causar quedas e desequilíbrio em pedestres). Por exemplo, na Nove de Julho e na Consolação.

As calçadas da rua Amaral Gurgel, no centro, foram reformadas no ano passado pelo poder público. Até a tarde de ontem, tinham sido instaladas duas estruturas para receber os relógios e, nos dois pontos, estavam abertos buracos, mas sem alertas.

No começo do mês passado, Pedro Paulo Diamantino Serra Semedo, 15, que tem paralisia cerebral, caiu de sua cadeira de rodas após entrar em uma vala deixada no passeio com a instalação de um relógio, na avenida Braz Leme, na zona norte.

"Ele machucou o rosto, a mão e quebrou um dente. Agora já está melhor, mas o buraco continua no mesmo lugar", diz Diamantino Semedo, pai do adolescente.

A família registrou boletim de ocorrência e encaminhou denúncia ao vereador Andrea Matarazzo (PSDB), que pediu resposta da prefeitura e da JCDecaux, líder do consórcio.

"Ainda estamos estudando como pedir uma indenização. A própria delegada que registrou a ocorrência achou um absurdo", afirma o pai.

O consórcio A Hora de São Paulo informou que vai arrumar os buracos nas calçadas e que entrou em contato com a família de Pedro.

FISCALIZAÇÃO

A responsabilidade pela fiscalização do serviço de reparo nos passeios e pela funcionalidade dos equipamentos é da SPObras, órgão da prefeitura, que escolheu os consórcios que vão explorar o mobiliário urbano por 25 anos.

Em São Paulo, é o proprietário do imóvel quem deve zelar pelas calçadas. Ele está sujeito a pagar até R$ 300 a cada metro de passeio irregular apontado por fiscais.


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