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Ilustrada - em cima da hora

Audiência debate projeto ao lado do Oficina

Em sessão pública, Condephaat foi criticado por aprovar torres vizinhas ao teatro

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

A presidente do Condephaat, Ana Lúcia Duarte Lanna, passou por um momento de aperto durante a audiência pública realizada ontem à tarde no Teatro Oficina.

Na sessão, o órgão de preservação patrimonial do Estado foi criticado por ter aprovado o projeto que prevê duas torres em terreno vizinho ao teatro arquitetado por Lina bo Bardi (1914-1992), hoje tombado também pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, o Conpresp.

O ator Ney Piacentini, integrante da Companhia do Latão e atual presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, chegou a dizer: "A gente sabe onde a senhora mora".

O tom não foi de brincadeira, mas todos riram diante da referência ao recente acampamento levantado por manifestantes em frente à casa do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Além de José Celso, diretor do teatro Oficina, estiveram presentes o senador Eduardo Suplicy e o deputado João Paulo Rillo. Foi esse último quem sugeriu a reunião à Comissão de Cultura da Assembleia do Estado.

Houve quem intercedesse em defesa de Lanna, como o secretário de Estado da Cultura Marcelo Araújo, que falou sobre as limitações de atuação do Condephaat e também de sua presidente junto ao conselho.

O projeto das torres é da Sisan, do Grupo Silvio Santos, o mesmo que quis erguer ali um shopping. Durante a audiência, Eduardo Velucci, diretor da Sisan, deu seu depoimento por telefone. Falou sobre acordos já tratados com o Oficina e sobre a possibilidade de trocar o terreno por outro, em negociação com o Ministério da Cultura.

Segundo Lanna, o Condephaat aprovou as torres a partir de parecer técnico sobre o texto de tombamento do teatro. Esse texto, diz Lanna, não especifica a preservação do edifício "do ponto de vista de sua arquitetura", o que impediria "a prática experimental inovadora", diz o texto.


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