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Análise

Suicídio é problema de saúde pública que pode ser prevenido

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

Independentemente do que levou ao suicídio do músico Champignon e do cabeleireiro Claudinei Pedrotti Júnior (que teria matado antes a mulher e os filhos), há um fator que liga a vasta maioria desses casos: as doenças mentais.

Uma revisão de 31 artigos científicos, englobando 15.629 suicídios, demonstrou que em mais de 90% havia diagnóstico de transtorno mental. Os mais comuns são depressão, transtorno do humor bipolar, dependência de álcool e de outras drogas e esquizofrenia.

O risco é agravado quando mais do que uma dessas condições combinam-se, como depressão e alcoolismo.

Infelizmente, o país ainda dá pouca atenção para a área da saúde mental. Em 2006, o Ministério da Saúde publicou portaria criando um programa de prevenção ao suicídio.

Estavam previstas campanhas para informar a sociedade que o suicídio é um problema de saúde que pode ser prevenido, intervenções nos casos de tentativas de morte, educação dos profissionais de saúde, entre outros. Sete anos depois, nada saiu do papel.

Um bom começo seria informar a população sobre como reconhecer um transtorno mental e derrubar preconceitos. Doença mental não é sinônimo de loucura.

Todos nós estamos sujeitos a enfrentar uma depressão em algum momento da vida, por exemplo. A questão é que quem precisa de tratamento encontra muita dificuldade. Faltam serviços.

Hoje, Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio, há pouco o que comemorar e muito o que cobrar.


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