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Antônio Paulo dos Santos (1949-2013)

Paulo do Cachimbo, um advogado

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Antônio Paulo dos Santos era recém-formado em direito, e Rondônia, recém-elevado à condição de Estado quando ele decidiu se mudar para lá nos anos 80. Novato na profissão, queria começar a carreira num local em formação.

Parou em Cacoal (RO) planejando ficar apenas cinco anos. Desejava engrenar na advocacia para depois voltar a São Paulo. Mas não voltou.

Naquela cidade, tornou-se o Paulo do Cachimbo (era apegado ao utensílio desde os 18 anos), um dos primeiros advogados do município e professor universitário.

Natural de Jaborandi (SP), filho de um motorista e de uma dona de casa, mudou-se para São Paulo ainda criança. Trabalhou como engraxate, representante de indústria farmacêutica e vendedor de livros.

Já casado e com filhos, e morando em Sorocaba (SP), conseguiu se formar em direito, sua grande paixão. Foi para Rondônia sem conhecer ninguém, levando a mulher, Abigail, e os quatro filhos. Todos iriam se formar em direito.

Era professor da Unir (Universidade Federal de Rondônia) desde 1992. Lecionou direito financeiro, penal, comercial e tributário, como lembra a filha Helena.

Ela descreve o pai como um observador, bom conselheiro e "pai de todos". Excelente orador, seria capaz de discursar dez horas seguidas, no improviso, como conta a filha.

Adorava ler e ouvir música erudita, MPB e bossa nova.

Em 2011, veio a São Paulo para começar um tratamento contra um câncer de pâncreas. Morreu ontem, na capital paulista, aos 64, de falência de órgãos. Suas córneas foram doadas. Teve três netos.

O enterro será em Cacoal.


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