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Análise

Ônibus mais rápidos podem até reduzir tarifa do transporte

AILTON BRASILIENSE PIRES ESPECIAL PARA A FOLHA

Em 1999, a Associação Nacional de Transportes Públicos e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada elaboraram estudo para medir o efeito do congestionamento no custo operacional dos ônibus em cidades brasileiras.

Em São Paulo, o estudo indicou que um aumento na velocidade média de 13 km/h para 20 km/h poderia reduzir a tarifa em até 16% (R$ 0,48, hoje).

A frota de ônibus é diretamente proporcional ao tempo de viagem. Diminuindo este último, reduz-se aquele e, assim, o custo operacional. Isso é tão claro que 77% das pessoas que usam carro são a favor das faixas exclusivas.

O tempo de viagem também é um dos itens importantes na percepção da qualidade do transporte pelo usuário, e o mais imediato, tanto que foi mencionado na pesquisa de imagem dos transportes da ANTP, de 2012, e confirmado pelo Datafolha.

Essa melhoria, ao lado de outras, deve atrair parte do usuário do transporte individual e reduzir o congestionamento geral, se acompanhado do aumento da qualidade.

Operacionalmente, porém, o aumento da velocidade média dos ônibus só é possível com prioridade no trânsito. E a reserva de espaço na via é mais do que justa, já que por uma faixa eles transportam dez vezes mais pessoas.

A solução dos transportes públicos depende do poder público, bem como das forças sociais e econômicas que ditam a forma de crescimento da cidade. Moradias longe de empregos aumentam as distâncias, tempos de viagem e custos de todos.

Estes dados devem estimular governantes a rever a forma de planejamento e uso da cidade. Eles precisam de um plano que a organize conforme a necessidade. Enfim, priorizar o transporte público deve ser compreendido como governar para a maioria.


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