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Análise

Números são reflexo da própria constituição do ensino superior

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

Num momento em que o país discute como resolver a falta de médicos, o Censo da Educação Superior mostra que o crescimento das matrículas em medicina tem sido menor do que a média geral: 3,24%, contra 4,42%.

O dado preocupa porque a busca pela formação de médico tem caído a cada ano: de 2011 para 2012, o aumento de matrículas foi a metade do registrado três anos antes.

Os números são reflexo da própria constituição do ensino superior. No Brasil, 75% das matrículas estão em escolas privadas, que não têm interesse em medicina, curso longo que exige instalações complexas --como hospitais-escola-- e docentes superqualificados.

É mais rentável oferecer administração de empresas, campeão nacional em matrículas.

Da parte dos alunos, a demanda tende a ser pequena. A graduação exige dedicação exclusiva por ao menos seis anos, privilégio de poucos.

Além disso, a carreira, antes tão promissora, não está mais na lista de preferências de quem sai do ensino médio. Salários iniciais de algumas engenharias, por exemplo, superam os de residentes.

A queda do crescimento de matrículas do ensino superior em geral também preocupa. Apenas 14% dos jovens em idade universitária estão matriculados. Em países desenvolvidos, a taxa chega a 70%.


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