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Análise - Governo

Com mudanças na saúde, Alckmin mira 'vitrines' de Padilha

Tucano tenta 'turbinar' índices de aprovação na área para desconstruir gestão de ministro do PT na campanha de 2014

FÁBIO ZAMBELI EDITOR-ADJUNTO DE PODER

O pacote de medidas na saúde em gestação no governo paulista cristaliza a inquietação de Geraldo Alckmin com o avanço do ministro Alexandre Padilha (PT), iminente rival do tucano na corrida pela reeleição, sobre o chamado "varejo político" do Estado.

O primeiro lance no xadrez de 2014 foi dado pelo governador ao trocar o comando da secretaria da área, conferindo ao posto caráter estratégico no embate com os petistas.

De perfil acadêmico e pouco afeito ao contato cotidiano com prefeitos e vereadores, o ex-secretário Giovanni Guido Cerri vinha sendo eclipsado por Padilha, que abriu canal com os municípios médios e pequenos com a promessa de "todo o dinheiro necessário" para ampliação e reforma de postos médicos.

Com o ingresso na pasta de David Uip, infectologista-celebridade de boa performance nas telas e microfones, o Palácio dos Bandeirantes espera uma resposta vigorosa ao programa Mais Médicos, vitrine do PT para o setor.

Para estrategistas tucanos, ainda que o programa seja incipiente em São Paulo, a contratação de profissionais para os rincões mais inóspitos tem forte reverberação popular, o que exige contraponto.

GARGALO

Somado a esse cenário, Alckmin recebeu nova rodada de pesquisas que colocam a saúde como item número um no rol de problemas prementes para o eleitorado.

Mesmo que reeditem o discurso de campanhas anteriores, segundo o qual o gargalo do financiamento está vinculado aos valores pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), aliados de Alckmin precisarão de retórica mais convincente para a disputa do próximo ano, que marcará o vigésimo ano consecutivo de gestões estaduais tucanas.

Conselheiros mais próximos do governador entendem que a expansão da rede física na área da saúde, alicerçada na construção de ambulatórios de especialidades e hospitais, já não satisfaz a maioria dos pacientes --ainda descontentes com a qualidade dos serviços prestados e com a demora nas filas.

O plano do PSDB é chegar ao ano eleitoral de 2014 com índices de avaliação da saúde paulista melhores do que a média nacional.

Tal resultado daria ao partido munição para enfrentar um adversário egresso do ministério de Dilma Rousseff.


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