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Médicos estrangeiros obtêm registro para atuar no Sul do país
Conselho do Rio Grande do Sul concedeu 19 licenças a profissionais, que começam a trabalhar segunda-feira
Dos 682 profissionais estrangeiros, apenas um foi reprovado depois de três semanas de aulas e avaliações
O CRM (Conselho Regional de Medicina) do Rio Grande do Sul concedeu ontem os primeiros 19 registros provisórios a profissionais formados no exterior inscritos no programa Mais Médicos.
Em outras partes do país, os CRMs ainda impõem uma série de condicionantes para a autorização, como a tradução de diplomas expedidos fora do Brasil.
Em Minas, o presidente do conselho local falou até em renunciar se tiver que assinar os registros provisórios.
Os médicos estrangeiros chegarão às cidades em que vão trabalhar neste final de semana. Sem registro, no entanto, eles não podem começar os atendimentos.
O conselho gaúcho informou que as "pendências" na documentação foram resolvidas pela AGU (Advocacia Geral da União).
A entidade havia pedido à Justiça Federal em primeira e em segunda instância liminares para não emitir os registros provisórios. As duas solicitações foram negadas nas últimas semanas.
O presidente do órgão, Rogério Wolf de Aguiar, diz que o conselho não se sentia seguro para dar os registros. "Não tem nenhuma intenção nossa de sabotar [o Mais Médicos]". "Não quer dizer que estamos de acordo [a não obrigatoriedade de validação do diploma]. Mas a lei e a medida provisória [que criou o programa] são assim."
Entre os 19 médicos autorizados há argentinos, uruguaios e um palestino, além de brasileiros.
Depois de três semanas de aulas e avaliações, o governo reprovou apenas um dos 682 médicos formados no exterior selecionados na primeira rodada do programa.
Segundo o ministério, 11 ficaram em recuperação, dos quais apenas um foi barrado.
Ontem, a AGU voltou a dizer que estuda ir à Justiça para cobrar dos CRMs os gastos do governo com os profissionais que não recebam o registro provisório e não possam iniciar as atividades.
