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Coracy Uchôa Pinheiro (1906-2013)

A primeira moradora de Brasília

GABRIELA TERENZI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando o marido, Israel Pinheiro, foi convidado por Juscelino Kubitschek para construir a nova capital do Brasil, Coracy Uchôa Pinheiro não pensou duas vezes: foi morar no Catetinho, residência oficial do presidente durante a construção de Brasília.

Então com 50 anos, Coracy preparava a comida para os engenheiros e recebia as visitas oficiais, dando suporte ao trabalho do marido.

Ganhou o apelido de "Candanga n° 1" --candango é como são chamados os primeiros habitantes de Brasília.

Longeva como os também pioneiros Oscar Niemeyer (1907-2012) e Lúcio Costa (1902-1908), viveu até os 107 anos, sempre muito lúcida.

Mineira de Paracatu, conheceu o marido em Belo Horizonte. A beleza da moça, que caminhava pela rua com o pai, chamou a atenção de Israel.

Coincidentemente, esse primeiro encontro se deu próximo ao Palácio do Governo, onde o casal viveria décadas mais tarde, quando Israel foi eleito governador de Minas.

Isso foi em 1965. Antes, além de Brasília, também viveram em Caeté, no interior mineiro.

Como primeira-dama, fez parte da Associação das Pioneiras Sociais. Foi responsável pela criação do Centro de Artesanato Mineiro, cuja exposição permanente fica no saguão do Palácio das Artes, no centro da capital mineira.

Após a morte do marido, em 1973, continuou em Belo Horizonte, onde morou até o fim da vida. Gostava de jogar buraco com as amigas e de acompanhar as novelas.

Morreu na sexta-feira (13), de falência múltipla de órgãos. Teve nove filhos, 30 netos e dez bisnetos.


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