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Baianos não querem sair de São Miguel

FELIPE GUTIERREZ DE SÃO PAULO

Em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, ninguém chama a praça Padre Aleixo Monteiro Mafra pelo nome --para se referir ao local, se diz "praça do Forró".

O apelido do lugar simboliza a presença de imigrantes nordestinos na região.

Sacha Arcanjo, 63, foi para lá em 1968, quando tinha 18 anos --veio de São Gabriel, na Bahia. Como tinha um irmão que estava em São Miguel, decidiu ficar. Trabalhou na indústria e em telecomunicações, teve três filhos e nunca mais voltou.

Ele diz que há uma diferença entre os baianos que vieram para cá no passado, como ele, e os de agora. "Os de hoje, vêm, se profissionalizam e voltam", disse.

Mas não são todos. José Silva dos Santos, veio de Coaraci, uma cidade de 20 mil habitantes no sul da Bahia, e diz que não pretende voltar.

Santos trabalha na construção civil e não ficou sem serviço até hoje. "Lá eu ficava de boca aberta, aqui aprendi a trabalhar, andar pela cidade. O resto da minha vida eu vou passar aqui", afirmou.


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