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Análise

Risco político de Haddad é alto com reajuste de imposto

É estranho que o prefeito não tenha dito ainda que o reajuste do IPTU seria a condição para congelar tarifa de ônibus em R$ 3

VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

Fernando Haddad apostou na necessidade que o PT terá de pavimentar as candidaturas de Dilma Rousseff e Alexandre Padilha na capital paulista e cobrou caro: aumentou de R$ 5 bilhões para R$ 9 bilhões a previsão de investimentos federais no Orçamento de 2014.

Trata-se de um recurso óbvio e já surrado: foi usado na campanha e no primeiro ano de mandato, sem que, contudo, os números vistosos tenham se realizado.

Mas também era a única saída para evitar que a conta do subsídio do preço da passagem de ônibus não fechasse e que a única notícia da proposta fosse a impopular decisão de reajustar a Planta Genérica de Valores do IPTU.

Haddad decidiu reajustar também a "alíquota" de quanto valerá em dividendos eleitorais a melhora na avaliação de sua gestão, até aqui baixa.

Que ele não se iluda: por mais que diga que São Paulo vai virar um paraíso de recursos da União, a decisão de reajustar a planta do IPTU terá altíssimo preço político.

É estranho que o prefeito não tenha recorrido, ainda, a outra vacina que poderia ser eficaz: a de dizer que o reajuste do IPTU seria condição para congelar o valor da tarifa de ônibus em R$ 3.

Teoricamente, os valores do Orçamento permitiriam informar agora que a passagem não vai subir. Mas auxiliares de Haddad dizem que a decisão política de congelar o preço ainda não foi tomada --o que pode ser precipitado, a depender do tamanho da reação ao aumento do IPTU.

Chama a atenção que a ancoragem do Orçamento em dinheiro da gestão Dilma tenha como uma das principais áreas a Saúde, justamente a praia de Alexandre Padilha, candidato petista à sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB).

Na apresentação dos números de 2014, a prefeitura informou que a média mensal de repasses na área subiu 31,9% de maio a setembro deste ano ante 2012.

Dilma e Padilha são reféns do desempenho de Haddad, o "homem novo'' em quem Lula e a presidente apostaram. A manutenção de sua baixa avaliação e do contrate de sua gestão com as promessas hi-tech da campanha seria um risco para o PT na maior cidade do país.


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