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Major e outros 9 policiais são indiciados no caso Amarildo

Ex-comandante de UPP é suspeito de tortura e ocultação de cadáver

Ajudante de pedreiro desapareceu em julho, após ser levado por PMs na Rocinha; delegado pediu prisão preventiva

DO RIO

Após dois meses de investigação, a Polícia Civil do Rio indiciou dez policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, na zona sul da cidade, por suposto envolvimento no sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43.

Entre os indiciados está o major Edson Santos, então comandante da UPP. Ele não atendeu às ligações da Folha.

O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, indiciou os policiais sob suspeita de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.

Barbosa enviou o inquérito à Justiça na tarde de ontem. O processo será encaminhado ao Ministério Público para que se decida sobre o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado.

Dos demais indiciados, quatro são suspeitos de levar Amarildo até a sede da UPP, em 14 de julho, e cinco estariam no local quando o ajudante de pedreiro chegou.

O delegado se baseou em escalas de serviço e em depoimentos de policiais.

Segundo a investigação, Amarildo foi abordado por 14 PMs em um bar próximo a sua casa. Sem documentos, ele foi levado para a base da UPP por quatro homens.

No local, ainda de acordo com o inquérito, o ajudante de pedreiro foi forçado a contar onde estariam escondidas armas de traficantes.

O major Santos sempre negou essa versão. Diz que Amarildo foi liberado em "cinco minutos". Ele foi afastado do comando da unidade em setembro.

A polícia não encontrou provas de que Amarildo teria deixado o local caminhando, como afirmaram os PMs.

As câmeras instaladas na sede da UPP estavam queimadas. Um equipamento que ainda funcionava não registrou a passagem de Amarildo.


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