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Aumento do IPTU testará base de apoio a Haddad na Câmara

Vereadores da base temem desgaste político; valores que definirão os percentuais de reajuste serão conhecidos hoje

'Não nos venha com essa proposta', afirma oposicionista; votação do Plano Diretor pode ficar para ano que vem

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

A proposta de reajuste do IPTU que chegará hoje à Câmara Municipal será um teste de fogo para a base do governo Fernando Haddad (PT).

Integrantes da base do governo, que evitaram críticas ontem, temem sofrer desgaste com a aprovação do projeto, que prevê reajustes de até 45% no imposto.

Alguns dizem esperar que os percentuais de aumentos sejam reduzidos por Haddad, para tentar minimizar o impacto dos aumentos no ano eleitoral de 2014.

Hoje, a prefeitura encaminhará à Câmara Municipal a atualização da chamada planta genérica de valores.

Esse documento trará os preços do metro quadrado de imóveis de toda a cidade, considerando a valorização deles no mercado.

Esses dados serão a base de cálculo do IPTU a ser cobrado no ano que vem.

Já se sabe que cerca de 1 milhão de contribuintes terão um reajuste do imposto predial entre 20% e 30%.

O teto de 45% vale apenas para os imóveis comerciais.

"Temos que discutir tudo com calma. Para que a população possa entender. Sem correria", afirma o vereador José Police Neto (PSD), que afirma ser independente mas tem votado a favor de projetos governistas.

Já a oposição promete fazer barulho, explorando a medida impopular. "Não nos venha com essa proposta", disse ontem, no plenário, Floriano Pesaro (PSDB).

E aposta em traições para derrotar a base de Haddad. "É uma base instável. Dependendo do assunto em questão, isso fica bastante claro", diz Gilberto Natalini, que apesar de ser do governista PV é, na prática, da oposição.

OUTROS PROJETOS

O fato é que a polêmica no reajuste do IPTU deve ocupar as discussões da Câmara e deve atrasar a análise de outros projetos de interesse do governo Haddad.

Líderes de partidos calculam, por exemplo, que será muito difícil aprovar ainda neste ano o Plano Diretor, que define as regras para a construção nas diferentes regiões.

"O Orçamento e a questão do IPTU têm prioridade, senão a cidade para. Tudo deve ser aprovado, o que não significa que não haverá um desgaste [para o Executivo, com a votação do IPTU]", diz Police Neto.


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