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Fiscais do Rio extorquiam R$ 50 mi por ano, diz polícia

25 funcionários da vigilância foram presos

DIANA BRITO DO RIO

Ao menos 25 fiscais da Vigilância Sanitária Municipal do Rio foram presos ontem acusados de extorquir dinheiro de comerciantes e empresários para não aplicarem multas. Segundo a Polícia Civil, o grupo faturava, em média, R$ 50 milhões ao ano.

Todos são acusados de formação de quadrilha e concussão (receber dinheiro ou vantagem indevidos utilizando-se do cargo público). Podem pegar até 12 anos de prisão.

Até a conclusão desta edição, a polícia ainda tentava cumprir outros cinco mandados de prisão. Os 30 acusados representam 10% dos 300 profissionais da vigilância.

Segundo a investigação, os fiscais tinham uma tabela de preços de propina, que variavam de R$ 400 a R$ 500 mensais. No total, 100 mil estabelecimentos --entre restaurantes, bares, clínicas e outras-- foram alvo do esquema.

VÍTIMAS

O delegado Alexandre Capote descreveu os comerciantes como vítimas, já que os fiscais ameaçavam multar e fechar o estabelecimento caso se negassem a pagar propina.

"Foi constatado enriquecimento ilícito dos fiscais, que ganham R$ 2.800 em média por mês. Numa casa encontramos R$ 800 mil em espécie."

Foi apreendido mais de R$ 1 milhão nas casas dos fiscais, além de computadores, documentos e três armas.

Segundo a polícia, a quadrilha agia desde 2010 e era chefiada por Eduardo De Nigres. Nigres saiu do país há alguns dias e é procurado pela Polícia Federal.

A reportagem não conseguiu localizar seu advogado.

AFASTADOS

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que colabora com as investigações e que dois dos servidores acusados, entre eles Nigres, ocupavam cargos de chefia e serão exonerados.

"Por estar preso preventivamente, o grupo já está afastado de suas funções. A maioria dos denunciados era de fiscais, que é uma função de nível superior, com profissionais de diversas formações como médicos veterinários, engenheiros, arquitetos e outros."


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