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Retratos do país

'Vida melhorou muito, mas não no bairro', diz ex-camelô em Manaus

Residência tem eletrodomésticos novos e carro, mas esgoto e lixo se acumulam no entorno

Mulher do motorista planeja abrir salão de beleza, mas não na vizinhança: 'Aqui não tem condições'

LUCAS REIS DE MANAUS

A vida do motorista Jorge Alessandro de Souza, 31, mudou muito nos últimos três anos. Mas no entorno da casa dele continua tudo igual.

Ex-vendedor ambulante no centro de Manaus, ele deixou a informalidade em 2010 e, de lá para cá, iniciou uma escala de empregos.

Começou em uma pequena empresa de transportes, onde ganhava pouco mais de um salário mínimo. Hoje, como motorista de ônibus, recebe quase R$ 2.000 entre salário e outros benefícios.

"A vida melhorou muito. Agora a gente até viaja para Fortaleza todo fim de ano. Mas a situação no bairro continua complicada", afirma Souza, que mora com a mãe, a mulher e o filho em frente a um igarapé no bairro São Jorge, na zona oeste da capital do Amazonas.

LIXO E LUZ

O lixo se acumula nas margens do canal, não há coleta de esgoto e a iluminação precária traz a sensação de insegurança --a casa dele já foi invadida duas vezes.

Na garagem, uma lona escura esconde um sonho antigo: o carro que ele comprou em fevereiro passado.

Dentro de casa, há geladeira, televisão e outros eletrodomésticos. Todos novos.

"A maioria dos produtos que comprei ficou com a minha ex-mulher", conta Souza. "Mas, aos poucos, estou comprando tudo de novo."

SALÃO

A atual mulher, Mirian Fernandez, 28, deixou a função de cobradora de ônibus e fez curso de cabeleireira.

Agora, quer ser sua própria patroa: planeja abrir o seu salão. "Mas não aqui, né? Aqui não tem condições. Quero encontrar algum outro lugar", afirma Mirian.


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