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Carro em chamas explode durante manifestação por moradia e fere 6
Tanque estourou após o veículo ser empurrado para perto do fogo
A explosão de um carro durante um protesto por moradia deixou ao menos seis pessoas feridas ontem na zona oeste de São Paulo.
Os casos mais graves são o de Bruno Peixoto, 11, com ferimento na perna, e o de um homem não identificado, com queimaduras e fratura exposta no braço. Os dois estão hospitalizados.
O protesto começou por volta das 7h, na avenida Doutor Luiz Migliano, na região do Morumbi (zona sul).
Os manifestantes bloquearam a via com caçambas de lixo e atearam fogo em entulhos. Um carro que estava abandonado foi tombado e empurrado para perto do fogo. Em poucos minutos, o tanque de gás natural do veículo explodiu, atingindo quem estava perto. Partes da lataria e do tanque de combustível foram parar a cerca de 300 metros de distância.
Manifestantes disseram que o dono do carro é da mesma comunidade que organizou o ato e autorizou o uso do veículo no protesto.
Segundo a PM, cerca de cem pessoas participaram do ato, organizado para reivindicar o pagamento de auxílio-moradia e a construção de mais habitações populares.
Um dos líderes do protesto, o assistente social Flávio Rodrigues, 27, diz que 150 famílias estão sem receber auxílio-moradia há dois meses. Segundo ele, essas famílias ficaram sem ter onde morar após a comunidade Vila Praia ser atingida, em junho de 2010, por um incêndio. O benefício, de R$ 400, era pago desde então.
A prefeitura admitiu, em nota, que 144 famílias estão sem receber o auxílio-moradia desde o mês passado e informou que o pagamento será regularizado até sexta.
Na favela de Heliópolis, também na zona sul, ao menos 1.100 das 3.221 famílias que recebem o auxílio estão com o benefício atrasado há 20 dias, segundo líderes comunitários e moradores.