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Cotidiano

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Eliana Regina Iapichini Pecht (1946-2013)

Exilada durante a ditadura, viveu no México e no Chile

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Socióloga formada pela Universidade de São Paulo, Eliana Iapichini Pecht viveu tempos difíceis durante a ditadura militar no Brasil. Recém-casada, foi obrigada a deixar o país em 1969, ao lado do marido, Waldomiro.

O primeiro asilo foi no México. Após alguns meses, Eliana voltou a estudar e retomou as atividades de pesquisa que realizava enquanto trabalhou na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP).

Quando começou a elaborar sua tese, descobriu que estava grávida. Na mesma época, Waldomiro, funcionário da ONU (Organização das Nações Unidas), soube que seria transferido para o Chile. Mais uma vez, ela precisou abandonar seus projetos.

O casal desembarcou em terras chilenas logo após Salvador Allende assumir o poder. Acompanharam ainda a implantação da ditadura de Augusto Pinochet, em 1973.

Com o passar do tempo, o desejo de Eliana de voltar para São Paulo foi ficando cada vez mais forte, chegando a virar uma obsessão. Em 1977, ao perceber um clima de abertura política no Brasil, mudou-se para Belo Horizonte, onde o marido foi contratado como professor e pesquisador da UFMG (Universidade Federal de Minas).

O sonho de voltar a São Paulo, porém, ela só realizou em 1984, quando retomou seus trabalhos na área de sociologia. Reiniciou mais uma vez seus estudos, agora na PUC-SP, onde coordenou a área de sociologia do Departamento de Administração.

Havia dois anos sofria de problemas de pulmão. Morreu no sábado (28), aos 67. Além do viúvo, deixa quatro filhos, seis netos, a mãe e três irmãos.


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