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Nelson Freire da Silva (1926-2013)

Dava queijos de presente de Natal

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Natal na casa de Nelson Freire da Silva não tinha distribuição de panetones. O que ele gostava mesmo de dar para todo o mundo eram queijos, dos mais diversos tipos e tamanhos --há quem já ganhou de presente nada menos que uma peça de 15 quilos.

Nelson cresceu no Mercadão de São Paulo, onde o pai tinha um açougue, mas pegou gosto pelos laticínios. Por 70 anos, trabalhou com queijos e iogurtes. Foi o primeiro representante da Danone no país e trouxe para o Brasil a marca Polenghi.

Extremamente preocupado, ligava para amigos, colegas de trabalho e familiares para parabenizar pelo aniversário ou só para saber como andava a vida. Pelos netos, então, tinha um zelo imenso.

Reservado, preferia ouvir histórias a falar. Extremamente tolerante, sempre respeitava as outras escolhas.

Gostava de reunir a família para almoços aos domingos. Dizia que a mulher, Sophia, cozinhava maravilhosamente bem e sempre fazia propaganda dos pratos dela.

Sonhava passar os anos de aposentadoria no sítio que tinha em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Ficou tão magoado quando o terreno foi desapropriado para a construção da represa de Nazaré Paulista que não quis mais se mudar para o interior.

Sua marca registrada era o bigode, bem ao estilo dos seus ascendentes, os portugueses. Tirou-o pela primeira vez quando foi para a UTI por causa de problemas decorrentes do mal de Parkinson.

Morreu na terça-feira (1º), aos 87. Deixa a viúva, com quem viveu por 67 anos, quatro filhos e cinco netos.


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