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Promotoria prepara ofensiva contra policiais suspeitos

DE SÃO PAULO

Após denunciar 175 suspeitos de integrar o PCC, promotores de Justiça preparam uma ofensiva contra policiais civis e militares suspeitos de colaborar com a facção.

Nos próximos meses, o Gaeco (grupo que investiga o crime organizado) deverá, juntamente com as corregedorias das polícias, apresentar denúncia contra policiais que, segundo o Ministério Público, foram flagrados em escutas ajudando ou extorquindo os criminosos.

Só na primeira etapa da investigação, o Gaeco diz ter identificado ao menos dez casos envolvendo policiais civis e militares. Os mais graves foram achaques que variavam de R$ 3 mil a R$ 200 mil, segundo os promotores, para que criminosos detidos fossem libertados antes de seguirem para presídios.

Um dos casos foi quando policiais do Deic, que não foram identificados, tentaram negociar a liberação de "pen drives" usados pela facção para armazenar arquivos sobre seus negócios, com detalhes sobre recursos obtidos com o tráfico de drogas e de armazenamento de armas.

O caso foi divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Conforme a investigação, os "pen drives" foram apreendidos pela Rota em maio de 2011 quando cinco pessoas foram presas e outras três mortas em uma troca de tiros em Itatiba. Os promotores não sabem se os arquivos foram devolvidos pelos policiais.

Em outro caso, um suspeito de gerenciar uma "boca de fumo" no ABC, diz a um membro do PCC que policiais do 4º DP de Santo André pediram R$ 200 mil para liberá-lo, mas aceitavam negociar.

"De 200 [mil reais], caiu pra 100 [mil] e não quiseram abaixar mais não... nois' tá ali, né, pegando uma beira aqui, outra beira aqui [de dinheiro] pra poder mandar [para os policiais]", disse.

O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, afirmou "que policial envolvido com criminoso não é policial, mas bandido". Por isso, quando receber os dados da investigação irá apurar os casos e punir os culpados.


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