Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Sem posto municipal, paciente lota unidade estadual
DE SÃO PAULOUm morador do Grajaú (periferia da zona sul de São Paulo) esperou seis horas para ser atendido e fazer um exame ontem no hospital estadual do bairro. O garçom Carlos Antonio Santos Silva, 41, disse que teve de ir a um hospital estadual ontem porque não há AMAs (espécie de pronto-socorro) ou UBSs (Unidade Básica de Saúde) na região.
"Vim ao hospital porque apareceu um caroço na minha perna e fiquei preocupado porque tenho histórico de câncer na família. Se tivesse uma AMA perto de casa, eu iria lá porque dizem que o atendimento é menos demorado."
A prefeitura informou que o Grajaú tem duas AMAs (Jardim Castro Alves e Jardim Mirna), 13 UBSs, um Ambulatório de Especialidades, um CAPS Infantil e um pronto-socorro. Disse que um estudo prevê a construção de seis novas UBSs na região, com apoio de recursos federais.
Ele recebeu uma senha ao chegar no hospital às 9h41. Ele deixou o local por volta das 16h para chegar ao trabalho, em Pinheiros (zona oeste), às 17h.
O tempo de espera previsto para atendimento era de até quatro horas.
A direção do hospital afirmou que Silva recebeu o primeiro atendimento em menos de uma hora, fez uma ultrassonografia e foi orientado a continuar o tratamento em uma UBS.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, "cerca de 80% das pessoas que procuram prontos-socorros estaduais têm casos simples, que poderiam ser resolvidos em postos de saúde ou AMAs".