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Foco

Professores paulistas trocam protesto por Martinho da Vila

COLABORAÇÃO PARA FOLHA

Docentes da rede estadual de São Paulo deixaram ontem, Dia do Professor, os protestos de lado e foram para o samba.

A Apeoesp (sindicato dos docentes da rede estadual) promoveu no vale do Anhangabaú (centro) um show de Martinho da Vila em "homenagem aos professores".

Cerca de 2.000 pessoas compareceram ao evento, que não teve registros de violência, como ocorreu em protestos ontem no Rio e em Porto Alegre. Pelo contrário.

"A festa foi ótima", disse Valério Marques, 45, docente das redes estadual e privada. "Sempre há oportunidades para protestos, mas hoje é o dia da arte falar por nós."

Para Sandro Antunes, 31, também professor, o problema não foi o dia de ontem, mas todos os outros em que os professores são esquecidos. "Hoje é um dia para curtir a festa e esquecer os problemas."

Parte do público, porém, sentiu falta de combatividade nessa data. "Deveria ter tido uma manifestação antes, até como apoio aos cariocas", disse Elisandra Carmélia, 41. "Só com o show, parece que está tudo bem. Mas não está."

Alguns, apesar de compareceram à festa, mostraram indignação com a homenagem.

"Como pode uma festa dessas quando tem professor que apanha, que tem que tolerar o uso de drogas em sala de aula? Isso sem contar o péssimo salário", reclamou Vanderlei Franscisco, 47, docente da rede estadual. "Não faz sentido."

FORÇA

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, disse ao público que o sindicato não estava fugindo da luta, mas mostrando sua força indo às ruas.

"Estamos novamente em praça pública lutando pelos direitos dos professores e da escola pública do Estado", afirmou, antes de anunciar a entrada do sambista.

A única ocorrência foi uma falha no som que interrompeu o espetáculo por cinco minutos --e que se repetiu no fim do show. A polícia observou tudo à distância. A segurança do evento ficou a cargo de uma empresa privada.


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