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Nenhum dos 60 detidos em protesto de SP será indiciado

Boletim de ocorrência não individualiza autoria dos atos de vandalismo

Manifestação de terça teve confronto com a PM e depredações; Theatro Municipal foi pichado após protesto

DE SÃO PAULO

Nenhum dos 60 detidos na manifestação organizada por alunos da USP, que acabou em violência e depredações, anteontem à noite em São Paulo, será indiciado.

Cerca de 300 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, se reuniram no largo da Batata (zona oeste), de onde partiram para o Palácio dos Bandeirantes (zona sul).

Adeptos do "black bloc" (que pregam destruição de patrimônios), porém, tomaram a frente do protesto e entraram em confronto com a PM.

Na marginal Pinheiros, um grupo de manifestantes invadiu a loja de decoração Tok&Stok. Houve pânico entre os clientes que estavam no local.

Na avenida Vital Brasil, quatro bancos foram depredados. Um ônibus e um carro da Via Quatro, que gerencia a linha 4-amarela do Metrô, e os vidros da estação Butantã também foram destruídos.

Segundo o boletim de ocorrência, trata-se de "crime multitudinário", em que os PMs "não conseguiram visualizar quais seriam os autores dos danos à loja e aos policiais".

Nenhum manifestante detido tinha passagem pela polícia. Em depoimento na madrugada de ontem, os detidos disseram aos policiais que estavam fugindo das bombas de gás lacrimogêneo atiradas pela PM durante a confusão.

A polícia pretende recorrer a imagens de câmeras da Tok&Stok e de lojas da região para identificar os vândalos. As imagens também serão usadas para avaliar se houve excesso dos policiais.

O protesto de terça foi o primeiro que acabou em violência desde que o Estado autorizou na última semana a PM a voltar a usar balas de borracha para conter atos de vandalismo nas manifestações.

THEATRO MUNICIPAL

Após o protesto na zona oeste, o Theatro Municipal (no centro) foi pichado por vândalos na madrugada de ontem. A Secretaria de Cultura não informou o gasto necessário para a limpeza do prédio, que começou ontem.

Nas últimas semanas, o monumento às Bandeiras, na zona sul, foi pichado e pintado duas vezes durante protestos.

Ontem, representantes das polícias Militar, Civil e da Promotoria se reuniram pela primeira vez desde a criação de uma força-tarefa.

O Deic (Departamento de Investigações Criminais), agora, centralizará as investigações. O objetivo é que vândalos sejam enquadrados na Lei da Organização Criminosa, que prevê pena de três a oito anos de prisão.

"A intenção é descobrir quem são, de onde vêm. Eles são uma organização criminosa? Sim. Nossa função é provar isso", disse o diretor do Deic, Wagner Giudice.


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