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Rio enquadra presos em atos na lei de crime organizado

Polícia Civil autuou ao menos 60 manifestantes

LUCAS VETTORAZZO MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

Após mais um dia de protestos que terminou com depredações e vandalismo no Rio, a policia autuou, pela primeira vez em atos ligados às manifestações, pelo menos 60 pessoas pela nova lei federal de crime organizado.

No total, 64 foram presos em flagrante e 20 menores de idade, apreendidos.

Sancionada em agosto, a lei não prevê fiança, e sim pena de três a oito anos, podendo aumentar com agravantes. Para o advogado Breno Melaragno, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-Rio e conselheiro da Ordem, a aplicação da nova regra ao contexto das manifestações é ilegal.

"Não tem como ter elementos nesse sentido para aplicar contra manifestantes, mas sim contra máfias e quadrilhas organizadas", afirma.

Segundo a Polícia Civil, o número total de autuados pela nova lei chega a 70. Isso incluiria, no entanto, menores de idade --o que, segundo delegados ouvidos pela Folha, não poderia ocorrer.

Até a conclusão desta edição, a assessoria de imprensa não esclareceu a dúvida.

A reportagem conversou com três manifestantes presos. Ciro Oiticia, 25, estudante, disse que em nenhum momento a polícia explicou o motivo das detenções.

"Fomos detidos por policiais sem identificação. Ao que parece, o Estado nos prendeu porque estávamos exercendo nossos direitos de manifestação", afirmou.

As cenas de vandalismo tiveram início em uma manifestação de professores grevistas que reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo organizadores --a Polícia Militar falava em 7.000.

Houve depredação e um carro da PM foi incendiado.

BALEADO

No mesmo protesto, pela primeira vez, foi comprovado o uso de arma de fogo.

Rodrigo Gonçalves Azoubel, 18, foi baleado nos dois antebraços. Ele não enxergou o atirador, está consciente e deve passar por cirurgia.

O governo investiga os autores de outros disparos, flagrados em fotos e vídeos.


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