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Estudantes da USP fazem bloqueio em entradas de campus

Alunos fecharam acesso dos portões 1 e 3 da Cidade Universitária, em São Paulo, na manhã de ontem

Em greve, estudantes utilizaram o bloqueio para pressionar reitor a atender reivindicações por eleições diretas

DE SÃO PAULO

Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) fizeram uma manifestação em duas entradas do campus Cidade Universitária no Butantã, zona oeste de São Paulo, bloqueando as passagens durante a manhã de ontem.

Os alunos, que fechavam os portões 1 e 3 desde as 6h50, encerraram o protesto por volta das 11h. Segundo os manifestantes, ao menos 300 pessoas participaram do ato.

Em greve há 17 dias, os estudantes utilizaram o bloqueio para pressionar o reitor João Grandino Rodas a atender suas reivindicações, como eleições diretas para reitor e o fim do convênio da USP com a Polícia Militar.

Ocupada desde 1º de outubro, a reitoria do campus foi invadida por cerca de 300 estudantes da universidade. Eles exigem a participação na reunião do Conselho Universitário, que decide as diretrizes da eleição para o reitor.

A diretora do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Luisa D´Avola, disse que os estudantes entraram em contato com a reitoria para uma negociação durante toda a manifestação de ontem.

"Não tivemos nenhuma resposta. Sinalizaram que pode haver uma reunião no próximo dia 25, mas queremos antecipar", afirma Luisa.

Ela diz que os alunos que estão acampados na reitoria também pedem a volta da luz e da água, que foram cortadas. "Sabemos que o protesto causa transtornos, mas ele só ocorre porque não temos uma resposta da reitoria."

Outro diretor do DCE, Pedro Serrano disse que o portão 2 também poderia ser fechado caso a reitoria não negociasse com os estudantes.

Um motorista chegou a furar o bloqueio e a jogar o veículo na direção dos estudantes. Por volta das 10h, ele se aproximou do portão 1 em um Meriva prata e pediu para que os estudantes abrissem passagem, o que não ocorreu.

O motorista, então, acelerou, forçando a entrada. Estudantes tentaram impedi-lo, bloqueando e chutando a porta do veículo.

Uma estudante subiu no capô do carro e foi carregada por alguns metros. Segundo Matheus Trevisan, também diretor do DCE, a jovem carregada não ficou ferida.

O motorista chegou a reclamar para policiais militares que seu carro foi danificado. Os PMs disseram que não poderiam fazer nada, pois ele mesmo guiou o veículo contra a manifestação.

Procurada, a assessoria da USP não quis se manifestar. A universidade tem cerca de 92 mil alunos matriculados, 5.800 professores e 16.800 funcionários (dados de 2012).


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