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Cotidiano

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Moema Loreley Altenburg Brasil Tolentino de Souza (1913-2013)

Dona Mi, professora centenária

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Nos meses que antecederam seu centenário, em janeiro deste ano, Moema Tolentino de Souza cuidou-se ao máximo para comemorar o tão esperado aniversário do jeito que sempre viveu: lúcida e muito bem de saúde.

Apesar de contar com orgulho ter sido internada apenas uma vez em um século, achava bom não arriscar justo numa data tão importante. Por isso, se começasse a chover, preferia ficar em casa para evitar um possível resfriado.

Dona Mi, ou apenas Mi, queria ter sido engenheira ou médica, mas se tornou professora de matemática, ainda assim um feito e tanto para uma época em que as mulheres não trabalhavam fora de casa.

Era uma exímia pianista e aprendeu a tocar música popular de ouvido, quando o pai não estava por perto, porque ele só permitia que ela tocasse composições clássicas.

Filha de militar, nasceu na Bahia, mas cresceu em Santa Catarina, onde a mãe, alemã, tinha parentes. Ao se casar com Alpheu, em 1936, foi para o Rio. Lá, lecionou por 30 anos. Aposentada, mudou-se outra vez, então para São Paulo.

Visitou o país todo com as netas, sempre em excursões que focavam a história e o folclore locais. Com o marido e o neto, viajou ao exterior.

Viúva desde 1976, morou sozinha até os 95 anos. Quando não tocava piano, gostava de se dedicar aos trabalhos manuais e de ler. Tinha ótima memória e falava, além do português, alemão e francês.

Morreu na sexta (18), de insuficiência respiratória. Deixa três irmãos, de 98, 95 e 89 anos, a filha, Gilda, quatro netos e seis bisnetos. A missa do sétimo dia será às 19h de hoje, na igreja S. Dimas, São Paulo.


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