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Retirada de cães é 'fora da lei', diz ministro

Segundo Marco Antonio Raupp (Ciência), laboratório invadido na sexta cumpre lei sobre pesquisas com animais

Polícia de São Roque investiga documentos sobre testes em beagles entregues por ativistas que invadiram instituto

DE BRASÍLIA DO "AGORA"

O ministro Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia) disse ontem que "não há evidência nenhuma de que seja supérflua a utilização de animais" em pesquisas e acusou os ativistas que retiraram cães do Instituto Royal, em São Roque, de agirem "fora da lei".

Na sexta, um grupo removeu 178 beagles usados em pesquisas legais, acusando o laboratório de maus-tratos. O instituto nega e classifica a atitude como "terrorismo".

"Avalio que [os ativistas] agiram fora da lei. Existe uma legislação que regula isso. Verificamos no ministério que o Instituto Royal de fato a cumpre", afirmou o ministro.

Raupp disse que não não vê necessidade de reavaliar a legislação sobre o uso de animais em experimentos científicos. Pela lei, de 2008, a criação e o uso de cobaias devem ser licenciados pela pasta.

Afirmou, porém, que, se o Congresso achar necessário retomar o debate, não haverá empecilho. "Não vejo necessidade, mas estou aberto a qualquer discussão."

Ele se disse favorável a pesquisas com animais para qualquer fim, desde que os cientistas as considerem necessárias.

"Se os especialistas da área acham que não é possível fazer uma determinada pesquisa, desenvolver determinado medicamento contra o câncer, para cosméticos, para que finalidade for, se forem necessários, eu sou favorável que se utilize os animais."

DOCUMENTOS

A Polícia Civil vai investigar o teor de documentos que indicariam resultados dos pesquisas realizadas com cães no Instituto Royal. Eles apontam que em um dos testes, após tomar comprimidos, alguns animais vomitaram e tiveram tremores na cabeça.

Segundo o delegado-titular de São Roque, Marcelo Sampaio Pontes, os documentos, em um arquivo para computador, foram retirados do instituto pelos ativistas.

"Nesse arquivo há informações sobre as reações dos animais [após serem submetidos a testes]", afirmou.

Eles também indicam como os animais eram mortos.

O coordenador do Concea (Coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), órgão ligado ao ministério, Marcelo Marcos Morales, disse que "reações inesperadas", como vômitos e convulsões, podem ocorrer em testes de medicamentos em animais.

"Se não ocorresse nada disso, o teste não seria feito em animal", afirma Morales. Ele disse que a eutanásia de animais é permitida no Brasil.


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