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Coronel da PM é espancado por 'black blocs' em protesto

Golpeado com placa de ferro, oficial de SP quebrou clavícula e teve cortes no rosto

"Segura a tropa, não deixa a tropa perder a cabeça", gritou o coronel a colegas antes de seguir para hospital

DE SÃO PAULO

O coronel da Polícia Militar de São Paulo Reynaldo Simões Rossi, comandante da região central da capital, foi espancado na noite de ontem por um grupo de cerca de dez manifestantes mascarados, adeptos à tática "black bloc".

O policial, integrante da cúpula da PM, teve a clavícula quebrada e sofreu cortes no rosto e na cabeça. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas, onde permanecia em observação até a conclusão desta edição.

Até o início da madrugada, a polícia tentava identificar os agressores.

A agressão ocorreu na entrada terminal de ônibus Parque D. Pedro, o maior da capital, durante um protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) que reuniu cerca de 3.000 pessoas na região central, segundo a PM.

O comandante foi atacado logo depois de parte dos manifestantes iniciar a depredação do terminal.

Caixas eletrônicos e catracas que dão acesso ao local foram quebrados. Um ônibus foi parcialmente incendiado.

Em meio ao tumulto, um grupo de mascarados cercou o comandante e passou a agredi-lo com socos e pontapés. Ele foi derrubado, mas conseguiu se levantar.

Neste momento, um dos mascarados golpeou o policial na cabeça usando uma placa de ferro.

O coronel foi socorrido por um policial disfarçado, que afastou os agressores com uma arma em punho.

Amparado por colegas, ele seguiu andando até um carro da PM, que o levou para o Hospital Clínicas.

No banco de trás, fez um apelo aos gritos a um subordinado que ficou no local. "Segura a tropa, não deixa a tropa perder a cabeça".

A arma e o rádio de comunicação dele desapareceram.

INTERLOCUTOR

Responsável pelo policiamento do centro, ele acompanhava a manifestação a alguns metros de distância. Ontem, a operação estava a cargo do tenente-coronel Wagner Rodrigues.

Rossi é um oficial conhecido na corporação como "operacional". Gosta de comandar seus homens na rua e não apenas de sua sala, comportamento incomum entre oficiais de sua patente.

Parte de sua carreira foi construída em unidades de elite da polícia, como o Choque e COE (operações especiais). É tido como bom negociador em situações de reféns.

Nos protestos deste ano, muitas vezes sentou-se no chão para dialogar com o organizadores de protestos.


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