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Após renovar centro de SP, moradores temem IPTU

Proposta da Gestão Haddad (PT) aprovada em 1ª votação prevê reajuste de 20%

'Quem veio atrás da revitalização da região ainda não viu grandes modificações', reclama o ator Nico Puig

GUSTAVO MIRANDA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O centro de São Paulo não é mais aquele. A renovação, mesmo a passos lentos, vem atraindo os moradores de volta desde a gestão Marta Suplicy (PT) --que chegou a dar isenção de IPTU para o condomínio que recuperasse a fachada-- e foi tomando fôlego nas de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD).

Agora, depois de participarem da renovação da região, esses "novos" moradores temem a previsão de um reajuste de quase 20% no imposto em 2014, proposto pela gestão Fernando Haddad (PT) --a Câmara aprovou o aumento em 1ª votação na quinta.

Há cinco anos, o ator Nico Puig, 40, passou a integrar o time daqueles que adotaram o centro. Comprou uma cobertura nos Campos Elísios. "Tenho orgulho do bairro. É a nossa Champs-Élysées."

Puig negociou direto com o proprietário e ainda levou toda uma área externa no topo do prédio, onde instalou um deck de madeira e uma estrutura metálica. Não diz quanto gastou. "Mas não fiz nada para valorizar. Quero aproveitar o meu apê."

Sobre o reajuste no imposto, o ator questiona o que os contribuintes da região têm recebido em troca. "Quem veio para o centro atrás da revitalização ainda não viu grandes modificações."

O fator preponderante para ter escolhido a região foi estar próximo de tudo. "Quando ainda era uma zona muito abandonada, sempre via edificações muito bonitas. Você está ao lado de tudo, tem tudo na mão", diz Puig.

SEM CARRO

Essa facilidade também foi fundamental para o empresário Fábio Rocha, 36. Natural de Brasília, ele escolheu o centro para morar há cinco anos porque levou em consideração sua locomoção.

"Aqui tenho uma mobilidade sem depender de carro."

Do alto do 17º andar de um prédio na avenida São Luiz, na República, Rocha adotou uma solução prática para fugir de congestionamentos: instalou sua empresa de marketing digital em casa.

"Tenho tudo nesse apartamento de 250 m². No fim das contas, levo uma vida diferente da que tinha em Brasília. Lá, até para comprar pão precisava de carro. Aqui, só tiro da garagem aos finais de semana, e olhe lá."

Hostess de uma casa noturna, Melissa Depeyre, 34, viu de perto a transformação do centro. Há sete anos em uma cobertura no edifício Copan, ela lembra que reformou todo o apartamento impulsionada pela onda de revitalização.

Agora, ela está "bem chateada" com a notícia de que o IPTU ficará mais caro. "É triste."


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