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Inscritos como religiosos por engano esperam 6 horas para fazer o exame

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

O Enem para alguns estudantes de Belo Horizonte foi mais penoso e cansativo do que eles imaginavam. Isso porque eles tiveram de enfrentar até dez horas e meia dentro da sala de prova.

Muitos foram para o colégio Dom Silvério, na região sul da capital mineira, e somente lá souberam que era o local de prova dos sabatistas.

Lá, o exame começou às 19h, mas a exigência de chegar até as 13h foi mantida.

Adventistas e adeptos de alguns ramos do judaísmo guardam o sábado e não trabalham em proveito próprio nesse dia da semana. Dessa forma, eles só estudam ou trabalham após o pôr do sol.

Alguns estudantes desistiram e reclamaram do que consideraram falta de comunicação por parte da organização do Enem ou má formulação sobre a guarda do sábado na ficha de inscrição.

Os sabatistas entram para a prova até as 13h e ficam na sala sem poder se comunicar ou ler. Até as 19h só podem dormir ou comer.

Era a ausência do lanche que dava a pista de quem estava desavisado. Quando os aplicadores da prova ou funcionários da escola avistavam o estudante sem o saquinho do lanche, ele era informado que ali a prova começaria 6 horas depois.

No Dom Silvério, uma garota chorou porque queria ir embora, mas a mãe mandou que ela ficasse. Em outro caso, o filho quis ficar, comprou o lanche e avisou os pais, mas eles o obrigaram a sair.

"Minha mãe disse que eu não sou adventista", disse o rapaz, de 17 anos.


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