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No Revalida, só 9,7% dos médicos são aprovados na 1ª fase

É o pior resultado desde a oficialização de exame usado para revalidar diplomas de quem se formou no exterior

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

Pouco menos de 10% dos candidatos que fizeram o Revalida neste ano foram aprovados na primeira fase do exame federal, utilizado para revalidar o diploma de médicos formados no exterior.

Do total de 1.595 profissionais que responderam a questões objetivas e discursivas, só 155 (9,7%) seguirão para a avaliação prática, prevista para o próximo mês.

Desde que o exame foi oficializado, em 2011, esse é o pior resultado nessa fase, que concentra as maiores taxas de reprovação. No ano passado, o percentual de classificados para a segunda etapa foi de 12,5%. Em 2011, 14,2%.

O Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pelo exame, não divulgou a nacionalidade dos aprovados nem em que país obtiveram o diploma. Neste ano, 52,8% dos inscritos são brasileiros.

Os candidatos aprovados poderão atuar no país sem restrições, ao contrário do que ocorre com profissionais formados no exterior inscritos no programa Mais Médicos, do governo federal.

Uma das principais polêmicas do programa foi justamente a permissão para que esses médicos atuem no Brasil sem revalidar o diploma.

A diferença é que, no Mais Médicos, esses profissionais estão sendo escalados para trabalhar em local específico e por tempo determinado.

O resultado sai 12 dias depois da aprovação, pelo Congresso, de medida provisória que criou o programa.

Como mostrou reportagem da Folha, interlocutores do governo associaram a demora na divulgação à intenção do governo de não prejudicar a votação no Legislativo.

O Inep nega essa intenção, e afirma que o adiamento se deveu ao grande número de inscritos --entre 2012 e 2013, a quantidade de participantes cresceu 80,4%.

Em dezembro, o instituto deve soltar o resultado final do Revalida. No ano passado, só 8,7% dos participantes puderam revalidar o diploma.

Diante das altas taxas de reprovação e de críticas sobre o grau de dificuldade da prova, o governo chegou a lançar um pré-teste para comparar o desempenho dos candidatos com o de formandos de instituições brasileiras. A iniciativa, porém, foi abandonada devido à baixa adesão.

O primeiro-secretário do CFM (Conselho Federal de Medicina), Desiré Callegari, nega que a prova seja difícil. Para ele, o exame mede "os conhecimentos básicos" para a profissão no Brasil.

"O que nos preocupa é se existe nesse percentual [de reprovados] alguém que já esteja no Mais Médicos", disse.


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