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Cotidiano

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Empresa é citada outra vez por pagamento de propina

MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

A Brookfield, incorporadora investigada em 2012 sob suspeita de pagar R$ 1,6 milhão a políticos e servidores da prefeitura para aprovar os shoppings que construíra, também é citada na investigação sobre o pagamento de propina para recolher menos ISS (Imposto Sobre Serviços). A suspeita agora é que a Brookfield tenha pago propina para diminuir o valor do ISS em empreendimentos na zona leste de São Paulo. A empresa disse que não se pronunciará sobre o caso.

A prefeitura já decidiu que vai comunicar a nova suspeita às autoridades dos EUA, onde fica a matriz do grupo.

Há uma norma naquele país que proíbe empresas de pagar propina no exterior. A lei é conhecida como FCPA (Foreign Corrupt Practices Act, ou Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior, em tradução literal).

Foi por meio dessa lei que a Siemens foi multada em US$ 1,6 bilhão (R$ 3,2 bilhões) em 2008 por pagar comissões ilícitas em países como Argentina e Bangladesh.

A Brookfield já é investigada pela SEC (Securities and Exchange Commission, xerife do mercado de ações dos EUA) sobre as suspeitas reveladas no ano passado.

O suposto pagamento para aprovar projetos imobiliários foi revelado pela Folha e ficou conhecido como caso Aref, em referência a Hussain Aref Saab, ex-diretor do Aprov, setor de Aprovação de Edificações na gestão de Gilberto Kassab (PSD).

Aref e o vereador Aurélio Miguel (PR) são acusados por oito testemunhas de terem recebido R$ 1,6 milhão de empresas que precisavam aprovar projetos na prefeitura. Eles afirmam que as acusações são infundadas.

O ex-diretor do Aprov e quatro diretores da Brookfield são réus numa ação em que respondem por crimes como corrupção, formação de quadrilha e achaque.

A empresa sempre negou as acusações.

Duas procuradoras da SEC estiveram em março em São Paulo para ouvir seis testemunhas sobre a denúncia de de pagamento de propinas pela Brookfield para aprovar shoppings como o Pátio Higienópolis e o Paulista.

Uma das delatoras do suposto esquema é ex-diretora financeira da Brookfield.

Gigante no mercado global, a Brookfield gerencia investimentos de US$ 175 bilhões (R$ 350 bilhões), dos quais US$ 100 bilhões em imóveis. Seus negócios no Brasil somam R$ 35 bilhões, segundo a empresa.


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