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Outro lado

São técnicos, nenhum deles indicado por mim, diz Kassab

Segundo ex-prefeito, acusados eram servidores de carreira; construtoras falam em colaborar com apuração

DE SÃO PAULO COLUNISTA DA FOLHA

O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou ontem que os acusados de patrocinar um rombo estimado em até R$ 500 milhões na Prefeitura de São Paulo, durante sua gestão, são "técnicos, servidores de carreira que não foram indicados por mim".

Kassab afirma que os secretários de Finanças tinham total autonomia para montar suas equipes. "E tenho certeza que os ex-secretários, que são pessoas corretas, terão total disposição para colaborar com as investigações."

A pasta foi comandada por quatro secretários durante a sua administração.

O ex-prefeito disse ainda que estava à disposição para qualquer esclarecimento.

Advogados dos servidores presos negam as acusações e dizem que eles são inocentes.

ENVOLVIMENTO

Durante a gestão Kassab, a partir de 2010, a Secretaria de Finanças da cidade de São Paulo foi comandada por Mauro Ricardo, ligado ao ex-prefeito e ex-governador José Serra (PSDB).

Atual secretário da Fazenda de Salvador, Mauro Ricardo informou ontem que lamentava os fatos praticados "por servidores públicos municipais concursados", "casos comprovados".

"O Ministério Público de São Paulo tem todas as condições de elucidar o ocorrido e apresentar a denúncia à Justiça a quem cabe julgar os fatos. Não tenho qualquer envolvimento com tais denúncias e que a Justiça cumpra o seu papel de investigar e punir os eventuais responsáveis", divulgou ele.

À Folha, ele disse que jamais desconfiou de irregularidades envolvendo o servidor. "É uma decepção. Ele era um ex-militar do Exército. Jamais imaginei esse tipo de comportamento. Sempre parecendo muito leal, muito honesto. Se portava sempre dessa forma", disse ele.

O Secovi de São Paulo (sindicato das construtoras) divulgou ter sido procurado pelo Ministério Público Estadual e que "aceitou colaborar com as investigações de combate à corrupção, mantendo o sigilo das informações, conforme solicitado".

A entidade afirmou que "permanece em constante diálogo" com a Promotoria e com a prefeitura, para "continuar colaborando na estruturação de mecanismos de aperfeiçoamento dos processos operacionais que possam levar a ilegalidades".

O sindicato das empreiteiras disse ainda que, no passado, já apresentou à administração pública "propostas concretas" sobre o tema.


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