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Quieto, suspeito acompanha busca em 'ninho'

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Na sala número 120 do prédio Ouro Para o Bem de São Paulo funcionava até ontem o QG do grupo que, segundo o Ministério Público, é responsável por um prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres da Prefeitura de São Paulo.

Segundo a Promotoria, o escritório, apelidado de Ninho, foi "montado para atender aos interesses do grupo criminoso em detrimento do Patrimônio Público Municipal".

O edifício fica no largo da Misericórdia, no centro, a 350 metros da sede da prefeitura --ou 5 minutos de caminhada.

Ontem, a Folha flagrou o momento em que o Ministério Público e a Polícia Civil faziam uma varredura no "ninho" do grupo.

O ex-subsecretário da Receita Municipal Ronilson Bezerra Rodrigues, detido pouco antes em sua casa na Vila Mariana (zona sul), foi levado até o local para facilitar as buscas. Vestia paletó cinza e camisa branca.

Além dele, oito pessoas estavam na sala. Inclusive seu advogado, Márcio Sayeg.

Quando viu a reportagem, Sayeg levou seu cliente para uma sala anexa --não queria que ele fosse fotografado. A porta foi fechada.

As salas vizinhas, no último andar do prédio, estavam todas trancadas. Os corredores, vazios. Enquanto as buscas prosseguiam, o grupo permaneceu quase em silêncio total.

PERSEGUIÇÃO

Um dos integrantes da investigação saiu da sala e disse, ao celular: "Ele está falando que é perseguição do PT". Depois, voltou às buscas.

Investigados e investigadores saíram da sala cerca de 40 minutos depois. Os policiais carregavam dois computadores e duas bolsas com documentos apreendidos.

Rodrigues, sem algemas, permaneceu quieto no rol de elevadores. Os policiais também não quiseram falar.

O funcionário público entrou no carro da Polícia Civil em silêncio, o advogado com as mãos em seu ombro.

ALUGUEL

O edifício Ouro Para o Bem de São Paulo, construído na década de 1930, pertence à Santa Casa de São Paulo.

No prédio, o aluguel de uma sala comercial de 25 metros quadrados custa R$ 500 mensais --a última taxa de condomínio foi de R$ 405.

Funcionários do local disseram que Ronilson visitava a sala quase todos os dias da semana, mas sem horário fixo. Recebia poucas pessoas e, na maior parte do tempo, ficava sozinho no local.


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