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'Um dos maiores escândalos da cidade', diz Haddad

DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), classificou a prisão dos quatro funcionários da prefeitura na operação conhecida como "Necator" de "um dos maiores escândalos da cidade de São Paulo".

Os funcionários são acusados de integrar uma quadrilha que recebia propina de grandes construtoras para fornecer a elas certidões de quitação de ISS (Imposto Sobre Serviço) sem que pagassem tudo o que era devido.

Os detidos são apontados como sendo os responsáveis pelo desvio de, pelo menos, R$ 500 milhões da prefeitura durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Um dos acusados chegou a receber de uma construtora R$ 1,8 milhão em um mês.

O documento de quitação do ISS precisa ser emitido para que as construções obtenham o habite-se da administração municipal.

A quadrilha recolhia de 30% a 50% do ISS que deveria ser pago ao município em cada obra.

Em uma ocasião, uma construtora fez depósito de R$ 480 mil e conseguiu a certidão de ISS depois de pagar apenas R$ 12 mil.

De acordo com Haddad, juntos os presos acumularam um patrimônio de cerca de R$ 80 milhões. "Com um salário de servidor público dificilmente você consegue chegar a uma fração disso", disse o prefeito. Com o grupo, a polícia apreendeu um Porsche e duas motos Ducati.

A operação, realizada ontem atinge em cheio a cúpula das finanças da gestão de Kassab, que é aliado da presidente Dilma Rousseff, do mesmo partido de Haddad.

Questionando se Kassab sabia do esquema, o petista disse: "As informações preliminares não indicam que o esquema tinha ligação com o poder público".

Kassab, por sua vez, diz que os investigados são funcionários de carreira e que não foram indicados por ele aos cargos que ocupavam.

Um dos acusados é o ex-subsecretário da Receita Municipal Ronilson Bezerra Rodrigues "" nomeado em fevereiro de 2013 como diretor de administração e finanças da SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) pelo próprio Haddad.

Outro é Eduardo Barcelos, diretor de arrecadação do mesmo órgão. Os outros presos são Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amaral, ex-diretor da divisão de cadastro de imóveis e o agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso de Magalhães.


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