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Após IPTU e prisões, PSD de Kassab sairá da prefeitura

Partido de ex-prefeito deixará 'feudo' que ocupa na gestão Fernando Haddad

Secretário de turismo saíra do cargo em dezembro; posto não será mais ocupado por representante do PSD

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Após votar contra a alta do IPTU e de a gestão Fernando Haddad (PT) participar da operação que acabou na prisão do chefe de arrecadação da administração passada, o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab deixará o único espaço ocupado pelo partido na prefeitura, a Secretaria Especial de Assuntos do Turismo.

No início de dezembro, o secretário Marcelo Rehder deixará o cargo, que não deverá mais ficar com nenhum integrante do PSD, segundo interlocutores de Haddad ouvidos pela Folha.

O prefeito ainda busca um novo gestor para a pasta.

O vereador Marco Aurélio Cunha (PSD) chegou a ser convidado para assumir a vaga de Rehder, mas recusou.

Sete dos oito parlamentares do PSD, incluindo Cunha, votaram contra o reajuste do IPTU na última terça-feira.

No dia seguinte à votação, foi deflagrada a megaoperação que acabou na prisão de quatro servidores --três dos quais tiveram cargos de confiança na gestão Kassab.

Entre eles, Ronilson Bezerra Rodrigues, que foi subsecretário da Receita, suspeito de participar de desvios que chegam a R$ 500 milhões.

Em entrevista à Folha, o secretário disse que sua saída já havia sido acordada com Haddad em setembro.

"A ideia era esperar passar esse ciclo de eventos para que eu saísse. Após a prova da Fórmula 1 e o lançamento da campanha Natal Iluminado, deixarei o cargo", disse Rehder, que é filiado ao PSD.

Rehder assumiu a então SPTuris (empresa municipal de turismo) no início do ano.

Entre seus auxiliares estavam outros integrantes do partido. A SPTuris era chamada de "feudo de Kassab" na gestão petista. No mês passado, virou uma secretaria.

"Quando assumi, não havia acordo para fazer parte da base de apoio na Câmara. A SPTuris tem uma administração técnica. A decisão de sair foi tomada antes da primeira votação do IPTU", afirmou.

O vereador confirmou à Folha que recebeu o convite de Haddad, mas que optou por não aceitar, sem relação com a votação do imposto.

A relação entre PSD e PT azedou depois que o partido de Kassab anunciou que votaria contra o reajuste do IPTU. Na primeira votação, apenas dois vereadores da bancada haviam votado contra.

PSD e PMDB vinham buscando maior espaço na gestão Haddad. Kassab, que tinha bom relacionamento com o petista, liberou a bancada para votar como quisesse.

O PSD ainda é aliado do PT na esfera nacional --e tem Guilherme Afif como um dos ministros de Dilma (Micro e Pequena Empresa).


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