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Crianças passam o dia no lixo no Recife

Elas ganham R$ 10/dia para coletar material

DO RECIFE

Apesar do mau cheiro e da água escura, o canal do Arruda é local de diversão e trabalho para os meninos do bairro homônimo, na zona norte do Recife (PE).

É dentro da água suja, no meio de latas, plásticos, restos de comida e animais mortos que as crianças do bairro brincam e ajudam no orçamento de casa.

O problema não é novo. A Prefeitura do Recife informou que a situação era "muito pior" até o ano passado. No início deste ano, o prefeito Geraldo Julio (PSB) apontou o bairro como prioridade de sua gestão, mas as crianças e suas famílias ainda vivem em barracos de madeira cercados de lixo e lama.

Paulo Henrique, 9, chocou a cidade anteontem. Uma foto dele, com lixo e água suja até o pescoço, estampou a capa do "Jornal do Commercio".

A faxineira Maria José Félix de Oliveira, 34, reprova a atitude do filho, mas reconhece a necessidade de inteirar os R$ 200 mensais que recebe pelas faxinas.

"É mixaria, mas o dinheiro do lixo ajuda na feira", diz. Um dia submerso no canal rende, no máximo, R$ 10 para cada crianças.

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Nilton Mota, até janeiro de 2014, a prefeitura deve entregar um galpão de reciclagem e são realizadas ações com os moradores da beira do canal.

Um conjunto habitacional receberá parte das famílias do local, e as demais serão incluídas no Minha Casa, Minha Vida.


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