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Mais 18 reprovados em exame vão para o Mais Médicos
Profissionais que não passaram em prova para revalidar diplomas estrangeiros receberam registro na sexta-feira
Cerca de 1.800 médicos atuarão em dez Estados pela segunda fase do programa, que busca atender áreas carentes
Outros 18 profissionais reprovados no Revalida --exame federal para reconhecer diplomas estrangeiros-- vão participar da segunda etapa do Mais Médicos.
Esse grupo se soma aos outros 48 médicos inscritos no primeiro edital do programa que também não seguiram para a prova prática do exame, como revelou a Folha.
O Revalida é um dos caminhos para revalidar o diploma de medicina obtido no exterior, mas não é pré-requisito para o Mais Médicos, que visa aumentar a presença de médicos no interior do país e em periferias de capitais.
Os 18 médicos estão na lista de 1.834 profissionais que receberam o registro único do Ministério da Saúde na última sexta-feira para atuar em dez Estados. A maior parte deles está no Nordeste, principalmente no Ceará (6).
Os 66 profissionais do Mais Médicos reprovados no Revalida fazem parte de um universo de 2.515 profissionais já autorizados a atender a população no programa.
O Revalida 2013 foi aplicado em 25 de agosto. Do total de 1.595 candidatos do exame, 155 (9,7%) seguiram para a prova prática. Entre esses, dois profissionais que atuam no Mais Médicos.
Profissionais reprovados dizem que o teste é feito para barrar a vinda de médicos formados no exterior.
"Na prova, [é preciso responder] como vai tratar uma pessoa com um problema no coração dos mais complicados. Na vida real, você encaminha a um cardiologista", disse Udelson Gemha, um dos reprovados no exame e inscrito no Mais Médicos.
Ele atua no interior de Goiás e foi aprovado na revalidação da UFMG (federal de Minas Gerais).
O Ministério da Saúde afirma que, no Mais Médicos, os profissionais são avaliados em conhecimentos de português e saúde antes de atuarem exclusivamente na atenção básica.
Ontem, o ministro Alexandre Padilha defendeu os médicos reprovados no Revalida e inscritos no Mais Médicos. Padilha disse que esse grupo não pode ser considerado de segunda linha.
Na semana passada, o ministro havia afirmado que se consultaria com esses médicos "sem nenhum problema".