Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Máfia do ISS

Haddad diz que mais 4 secretarias estão sob suspeita

Prefeito afirma que, além de esquema em cobrança de ISS, foram identificados outros nichos de irregularidades

Investigação de órgão atinge servidores da Habitação, das Subprefeituras, do Trabalho e do Verde

DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou ontem que a Controladoria Geral do Município, criada por sua gestão em março, já identificou nichos de irregularidades em mais quatro secretarias: Verde e Meio Ambiente, Habitação, Subprefeituras e Trabalho.

O maior escândalo foi divulgado na semana passada e envolvia a Secretaria de Finanças, com um esquema de cobrança de propina de incorporadoras para a redução do valor recolhido de ISS (Imposto sobre Serviços).

Na ocasião, quatro auditores foram presos --um deles foi solto anteontem após colaborar com as apurações.

Em entrevista à rádio CBN, Haddad afirmou que sua gestão está fazendo "um pente-fino em todas as secretarias e subprefeituras, cruzando o patrimônio declarado pelos servidores com o que é apurado pela investigação".

"Estamos fazendo o cruzamento de informações de cartórios da Receita Federal e de bancos para identificar os poucos e maus servidores."

O prefeito não detalhou as irregularidades em cada uma das pastas, mas disse que a investigação já resultou em cinco prisões de servidores até junho, além dos quatro presos na semana passada.

"São 150 mil servidores. Essa é uma minoria que desonra o serviço público", disse. Segundo Haddad, ontem foram abertos 16 processos de servidores com patrimônio incompatível ao declarado.

O Ministério Público investiga mais 42 auditores fiscais pela suspeita de que eles enriqueceram de forma ilícita.

Na entrevista à CBN, Haddad disse também que os suspeitos de corrupção tentaram desviar o foco da investigação. Segundo ele, uma escuta feita pela Controladoria mostrava os suspeitos dizendo que usavam a sala do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Mas a investigação apontou, porém, que a informação não era verdadeira.

Haddad disse que "é preciso olhar com muita atenção para tudo que se diz porque a quadrilha estava sob pressão intensa. Obviamente vão querer atrapalhar e tirar o foco do que é relevante".

ACHAQUE

A estimativa é que o grupo tenha desviado R$ 500 milhões dos cofres públicos.

Haddad disse que o próximo passo é identificar as empresas que --chantageadas ou não-- pagaram a propina para os servidores.

O petista disse ainda que as 15 construtoras suspeitas de pagar propina serão ouvidas nos próximos dias.

"Vamos tentar identificar se os empresários foram chantageados ou não. Se sim, eles tinham o caminho de procurar o poder público, o Ministério Público, a polícia para denunciar a chantagem e evitar o achaque. Se não fez isso, errou."

Segundo Haddad, as empresas que deixaram de pagar os tributos terão de quitar a dívida com a prefeitura. Ele diz que o valor será calculado com multa e juros.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página