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Ex-secretário de Serra indicou auditor investigado

MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

Um dos novos nomes investigados pela Prefeitura de São Paulo sob suspeita de enriquecimento ilícito chegou ao ponto mais alto de sua carreira por indicação de Mauro Ricardo, secretário de Finanças quando José Serra (PSDB) era prefeito (2005-2006).

O próprio Ricardo confirmou à Folha que fez a indicação do auditor Arnaldo Augusto Pereira, que foi subsecretário da Receita municipal.

Segundo ele, Pereira tinha uma boa reputação na Secretaria de Finanças.

"Eu convivi com ele em 2005 e 2006 e os procedimentos dele sempre foram aparentemente corretos", afirmou Ricardo, atualmente secretário da Fazenda da Prefeitura de Salvador.

O "Painel" da Folha revelou ontem que a Corregedoria Geral do Município tem indícios de enriquecimento ilícito de outros três auditores da Secretaria de Finanças.

Além de Pereira, são investigados Moacir Fernandes Reis e Vladimir Varizo Tavares. Eles não foram localizados ontem pela Folha.

Na semana passada, quatro auditores foram presos, sob a acusação de cobrarem propina para a redução do valor do ISS (Imposto sobre Serviços) que incorporadoras recolhem de imóveis novos.

ARRECADAÇÃO

A Controladoria Geral do Município está apurando a relação dos três novos nomes com os quatro acusados no esquema do ISS que pode ter desviado R$ 500 milhões.

Arnaldo Pereira atuou na Prefeitura de Santo André em 2010, na gestão Aidan Ravin (PTB), junto com Ronilson Bezerra Rodrigues, ex-chefe da arrecadação em São Paulo e apontado pela Promotoria como líder do grupo preso na semana passada.

No ABC paulista, Pereira foi secretário de Planejamento. Rodrigues era seu adjunto. Durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), de 2006 e 2012, ele se apresentava como especialista no combate à sonegação de impostos.

O vereador José Police Neto (do PSD, partido do ex-prefeito Kassab) negou que tenha indicado Pereira para ocupar a pasta do Planejamento em Santo André, mas admitiu ter feito uma apresentação do servidor.

"Eu não fiz uma indicação. Fiz a apresentação de um quadro técnico que tinha aumentado a arrecadação em São Paulo. Como vou saber que havia um grupo roubando enquanto a receita estava crescendo?", afirmou.

Police Neto, que é filho de um auditor fiscal, já aposentado, diz ter conhecido Pereira na Câmara. Ele elogia o auditor: "A qualidade do trabalho dele era boa".


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