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Brasileiro morre em Sidney ao apartar briga
Lúcio Stein Rodrigues, 34, foi atingido durante confusão e, ao cair, bateu a cabeça no chão, segundo testemunhas
'Ele só entrou na confusão para ajudar um amigo', diz tio; polícia indiciou australiano de 33 anos
Um brasileiro de 34 anos morreu em Sidney, na Austrália, em decorrência de agressões sofridas ao tentar apartar uma briga, de acordo com a família.
Lúcio Stein Rodrigues recebeu um soco no rosto e, ao cair, bateu a cabeça no chão, afirmaram testemunhas à polícia de Sidney.
"Ele só entrou na confusão para ajudar um amigo", afirmou César Pagotto Stein, tio do brasileiro que mora em Capivari (a 137 km de São Paulo).
O caso ocorreu na madrugada do último domingo (tarde de sábado no horário de Brasília).
A polícia australiana informou que Rodrigues foi levado com "ferimentos significativos na cabeça" a um hospital da região, onde passou por cirurgia de emergência.
O brasileiro não resistiu aos ferimentos e morreu às 9h30 de terça-feira (20h30 de segunda em Brasília).
De acordo com nota da polícia, três homens foram presos e um australiano de 33 anos foi indiciado sob suspeita de assassinato.
O Itamaraty informou ontem que o Consulado Geral do Brasil em Sidney foi acionado pela polícia e acompanhou o caso já no hospital.
Segundo o tio da vítima, Rodrigues era um rapaz tranquilo e estava há cerca de dois anos em Sidney, onde estudava e trabalhava na área de construção civil. "Ele se deu muito bem lá. Nunca teve problemas com brigas, nada. Só entrou nessa confusão para ajudar um amigo", disse.
O rapaz, que era biólogo e ex-diretor de Meio Ambiente na Prefeitura de Capivari, visitaria a família em março. "Ele manifestou a vontade de ficar [na Austrália]. Ia só retornar para visitar. Sempre gostou muito de lá", contou o tio.
FAMÍLIA
Stein afirmou que a família está bastante abalada com a morte de Rodrigues e planeja enviar um representante até a Austrália para ajudar no translado do corpo dele para o Brasil.
Segundo ele, a família tem recebido apoio do consulado e de brasileiros que conviviam com Rodrigues. "Apesar da tragédia, está tudo se encaminhando. Os amigos estão ajudando muito", afirmou.
A família pretende doar os órgãos de Rodrigues.
